terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Onde está Noé quando precisamos dele?!


É incrivel a maneira como as coisas funcionam à nossa volta. Desde sempre que tentamos explicar tudo o que existe e até mesmo o inexistente. Uns dizem que "foi a vontade de Deus", outros dizem que foi sorte ou azar, há ainda os que falam em coincidências ou no destino. Eu cá fico-me pela força e perfeição da Natureza. Ela dá-nos e ao mesmo tempo tira-nos, mas também não fazemos muito por merecer coisas boas!

Ainda no Domingo passado se falou na televisão nas cheias que há uns bons anitos fizeram estragos em Lisboa e no dia a seguir, eis o dilúvio!

Não é curioso?!
Mas uma coisa é certa, a resposta à pergunta: "Estará Portugal preparado para novas cheias?" está respondida e ratificada!
E depois ainda ficam preocupados com ameaças terroristas? Por favor, eles (os terroristas) até têm pena de nós e digamos que não têm muito a fazer aqui, o terror já está constantemente instalado.
Vivemos sem meio-termo - "é 8 ou 80" - ora estamos preocupados com a seca, ora aflitos com inundações.
Quando pensamos que temos alguma coisa, basta apenas breves minutos, por vezes segundos, para que o pouco passe a nada. E isto aplica-se a tudo na vida.
Afinal o que é que temos realmente, que seja mesmo nosso? Que não nos possa ser tirado ...
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga




Sem comentários: