O Papa sente-se confuso!

Papa: "é o título dado ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder espiritual da Igreja Católica e também chefe do Estado do Vaticano e da Igreja Latina".

Segundo as últimas declarações do recente Papa, Bento XVI, "A Europa se tornou pobre em crianças. Queremos tudo para nós mesmos, e talvez não confiamos o suficiente no futuro(...)".

Para além de condenar o aborto, o Papa diz que nós (simples e comuns mortais) não confiamos no futuro... Bem, esta é difícil de comentar, é que as palavras nem conseguem sair. Será possível confiar no futuro? Eu acho que este senhor não tem bem noção da realidade, o que é desculpável tendo em conta a sua idade, não deve ver as noticías pois se visse talvez reparasse que há quem morra á fome todos os dias, que há quem não tenha onde dormir, o que vestir, sendo que só o seu traje era bem capaz de vestir uma data de gente, tendo em conta o seu valor. Também não deve saber as estatísticas em relação ao desemprego, em relação ao número de crianças maltratadas e abandonadas, e por aí adiante. Já para não falar que as palavras "aquecimento" e "global" nem sequer constam no seu dicionário.

Agora será estranho que não confiemos no futuro? Para quem vive onde vive, para quem não tem de fazer as contas para ver se o dinheiro chega, basicamente, para quem vive "á grande e á francesa" é muito simples confiar no futuro, não tem de fazer muito por ele pois este já está garantido.

Mas as contrariações não se ficam por aqui, ai não, porque para o Papa Bento XVI, "com o celibato, oferecéis um testemunho importante. Entre tanta avareza, egoísmo, consumismo e culto ao individualismo nos esforçamos por mostrar o amor desinteressado por homens e mulheres".

Primeiro diz que nós (e repito: simples e comuns mortais) somos egoístas porque não trazemos ao mundo crianças suficientes para assegurar a espécie, mas depois já diz que o celibato é que é o caminho correcto. Porém, o celibato "é o estado de uma pessoa solteira, sexualmente abstinente, que fez voto de castidade", o que significa que, sendo sexualmente abstinente é menos um a contribuir para a reprodução da espécie. E agora pergunto, faz sentido? Afinal quem é que é egoísta?

Ah e tal eu não reproduzo mas tu tens que reproduzir!

Sinceramente, eu fico parva com estas coisas, e o pior é que apesar das contrariedades há quem siga tudo isto á regra.