Pois bem, realisticamente falando, isso não existe! Não há finais felizes, não há pessoas perfeitas e engane-se quem pense que o mundo é cor-de-rosa!
No fundo no fundo o povo sabe bem disso, caso contrário não existiria o belo ditado popular: "Um mal nunca vem só!" Ditado este que tão bem descreve a actualidade do nosso país.
E quem está a sofrer neste momento, num estado de agonia profunda que até dá pena?! Quem é, quem é? ... Os JOVENS! Sim, os jovens. Estamos mal, não vemos futuro, não há trabalho (muito menos emprego), as universidades estão como estão, a maioria não tem pais ricos (e também não é ir ao Totta que resolve o problema), basicamente vemos a vida a andar para trás!
E quais são as consequências disso?! Quais são, quais são?
Uns metem-se na droga, outros prostituem-se, ainda há os que roubam; mas pior, pior, aqueles que já são um caso perdido, são os que se metem a ouvir José Cid! Ah pois é! Custa a acreditar mas é verdade. É uma realidade chocante, um problema cuja solução talvez não exista.
"Trinta anos após o feito, cantor lança novo álbum e diz que foi «redescoberto» pelos mais jovens". Ao que parece "conseguiu arrastar um mar de gente eufórica a um velho cabaré da Praça da Alegria". Se já não tinha esperança no futuro, depois disto fiquei completamente desesperada.
Mas parece que descontente o senhor ainda diz que: "as rádios não passam a música portuguesa» já que «a crítica musical evaporou-se e hoje é inexistente». Ponto um, infelizmente é verdade que as rádios apoiam muito pouco a música portuguesa; ponto dois, se apoiar a música portuguesa implica passar José Cid na rádio, que se lixe, mais vale não apoiarem; ponto três, a critica musical existe, talvez se o senhor tivesse conhecimento dela parasse de cantar! Não tiro o mérito do senhor Cid, até porque é preciso uma certa arte para cantar:"como o macaco gosta da banana, eu gosto de ti, lalalalala", agora juventude deste país, acordem para a vida!!!
Acabo, abalada, com mais uma das muitas tipicas frases do povo: "Isto vai de mal a pior!".

P.S.: Não foi minha intensão ferir quaisquer susceptibilidades.